terça-feira, 25 de março de 2014

Medos ~

Acho que nunca te contei sobre os meus medos. Mas eu os sinto, como se caminhassem lentamente em minha direção. É como estar em um sonho perfeito, sentindo que um terremoto pode acontecer. Acho que nunca te disse que as vezes sinto medo quando o assunto é nós. Sim, eu tenho lá meus receios. Tenho medo que apareça alguém mais interessante pra você, por mais que isso seja fora de mão, eu sinto medo que você se apaixone por mais alguém. Acho que nunca te contei também, que eu sinto medo de me apaixonar, mesmo que isso seja praticamente impossível, não quero pensar em mais ninguém que não seja você. Acho que nunca parei pra te falar que eu sinto medo dessa distancia, por mais que isso seja só mais detalhe, eu tenho medo que ela nos afaste além dos quilômetros. Tenho medo sim, mesmo que eu sempre te diga com clareza tudo o que sinto por você, sempre haverá um medo no meio de tanta certeza. Tenho medo te perder, e nenhuma palavra contraditória conseguiria me fazer pensar diferente. Isso não me abala, mas me faz pensar. Você foi a minha maior solução até hoje, mas medo eu sentirei, até o dia que te encontrar.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Amar é Normal - Gabito Nunes

Só ama aquele de coração bom, aquele que gosta de dar, que ainda sorri largo e franzindo os ombros tipo criança. Ama só quem merece, quem procura e sabe que achou, quem não vê amar como uma coisa sublime e extraordinária, quem sabe o amor ao alcance das mãos, da boca, das costas, da nuca, dos pés. Ama quem provoca os olhos, as vontades, o sabor do outro. Porque amar é isso. Normal.
Amar é sofrer choque térmico quando chega a hora de dar tchau, é implicar com o jeito do outro, brigar no meio da rua, pegar na mão e fazer as pazes ali mesmo. Amar é brincar de briguinha, é dizer que vai amar pra sempre, é dar beijos e cheiros em lugares estranhos em locais inadequados, é beber no mesmo copo. Todo amante se arrisca meio poliglota "amore mio", "mon amour", "meine liebe", "my love" ou "meu amor" mesmo.
Amar é ouvir som de luz apagada, carregar na garupa, prestar os primeiros socorros, testar um óleo novo de massagem. Amar é beber milk shake de chocolate, alugar filme, cantar no chuveiro enquanto o outro escova os dentes, é dormir abraçadinho até mais tarde. Amar é não saber esperar, mas esperar mesmo assim. Amar é suspirar alheio, respirar ofegante, ter o peito encaroçado. Aquele que ama abusa do "inho". Benzinho, docinho, tigrinho, morzinho. Amar é dizer "fazer coisinha", mandar SMS de boa noite, escrever cartinha perfumada e todas essas idiotices gostosas. O olho reluz, a pele melhora, o corpo reage, o coração bate feliz.
Amar é mandar, achar que manda, obedecer, fingir que obedece. Amar é fazer vitamina de banana com nescau, é dar bom dia espreguiçando as vértebras com os braços esticados, sorrindo envergonhado de remela nos olhos. Amar é dizer "vem cá", ter os pés aquecidos sem pedir, comemorar o dia do primeiro beijo, chegar da festa e comer pizza gelada. Só ama aquele que começa a falar pelo fim, que diz sim sem saber a pergunta, que discute o namoro sem lugar-comum.
Ama quem sai na rua pra tirar fotos, pra ver estrela riscar o céu, pra pisar na grama descalço, pra pegar um cineminha na terça. Amar é perguntar "tá dormindo?", é descer do ônibus com o outro à espera, é cantar "she loves you yeah yeah yeah", é morder queixo, orelha, cotovelo, panturrilha, lábio. Amar é comer uma coisa diferente e lembrar o outro, é ficar de mal, é arrumar tempo pra pensar no outro na correria do dia.
O cúmulo da saudade é amar. Você a sente mesmo estando juntinho. Amar é todas essas bobagens e muito mais. Amar é cotidiano. Amar é humano. Amar é instinto. Amar é necessário. Amar acontece. Amar é escrever. Pois gente, afinal, quem foi que começou essa história de que amar não é uma coisa normal?

sábado, 23 de novembro de 2013

Desculpa se não sou quem você espera. Eu tenho falhas e fico me criticando o tempo todo, me punindo, não me permitindo saborear pequenas doses de felicidade. Isso me bagunça, me agita e aterroriza. Sei que todo mundo tem seus demônios, mas ultimamente os meus andam me espetando a cada segundo. E isso tem me doído. Não entendo porque não consigo mais ser como as outras pessoas e desfrutar os pequenos momentos felizes. Não entendo porque agora tudo parece conturbado, distante, abstrato

domingo, 29 de setembro de 2013

da série: minhas escritoras preferidas!

“As pessoas dizem que eu sou do tipo demais. Do tipo que fala demais, que sente demais, que chora demais, que ama demais. Me disseram que eu sou em excesso. Mas o que é em excesso sobra, e o que sobra é resto. Por isso eu digo às pessoas que eu sou na medida certa. Quando eu tenho o que falar eu falo o suficiente, falo o que deveria. Quando eu sinto, eu sinto por inteiro. Quando eu choro, eu choro o que preciso para lavar a alma. E quando eu amo, ah, quando eu amo, eu amo de verdade, com força, amo com o coração, as mãos, os pulmões, amo com o cérebro e até com o estômago. Porque amar de menos não satisfaz, não é amor, não sente ciúmes, não dá prazer. Se você ama de verdade, por completo, nunca é demais. E quando não é demais você se sente no direito de dar mais amor, de sentir mais, de chorar mais, de viver mais, da forma mais pura, mais sedutora, mais humana, menos humana… Simplesmente, porque é bom, simplesmente.
As pessoas dizem que eu sou demais. Eu digo às pessoas que elas são de menos, e é delas que sinto pena, porque, como já dizia o poeta, embora quem quase morre, esteja vivo, quem quase vive já morreu.”
– Jéssica Souza

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

05-09

Dia do irmão (ã). Como se eu precisasse de mais uma dia pra lembrar de você. Pra sentir sua falta. Pra lembrar como era quando a gente brigava, quando você me irritava e eu chorava e culpa sempre caia em você. Pra lembrar como você me fazia rir, como mesmo inconscientemente eramos cúmplices. Pra lembrar que você já tentou me matar porque eu chorava demais e na verdade você queria um irmãozinho. Pra lembrar o quanto você era idiota nos meus aniversários, sempre com um cartão do Garfield ou então com um par de gatinhos de porcelana, só porque eu odeio gatos. Pra lembrar o quanto você me assustava quando a gente passou a dormir do mesmo quarto, mesmo eu já sendo grandinha. Pra lembrar o quanto o quarto ficou vazio depois que você se foi... O quanto eu desejei que você voltasse, que fosse só um sonho ruim ou então uma viagem pra longe onde não pudéssemos nos falar. Pra eu perceber o quanto eu me vejo em você, o quanto eu gostaria de saber sua opinião. Pro peito apertar e as lágrimas escorrerem. Pra eu querer o abraço sufocante que só você dava.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Só quem arrepia cada centímetro do seu corpo e faz você sentir o sangue bombear num ritmo charmoso, é capaz de estragar o mundo quando parte.
Viu? É por isso que eu não vou te deixar ir embora...

sábado, 31 de agosto de 2013

Percebi que só escrevo/tenho vontade de escrever quando estou abitolada com um monte de outras coisas. Livros textos imensos pra ler, listas de exercícios intermináveis, horários marcados em médicos, compras pra fazer, ou seja, coisas que não me permitiriam tempo pra dedicar-me ao hobby, que aos poucos tem sido esquecido.
Ainda outro dia vim aqui reclamando/constatando, seja lá o que foi aquilo, de não escrever... e agora me pego na vontade de escrever um texto qualquer. Quem sabe a próxima postagem seja um texto bonito e gostoso de se ler no lugar de mais uma constatação.
Toda vez venho aqui no intuito de escrever uma história e escrevo mais uma bobeira.